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Lá na década de 90, quando os hodômetros eram analógicos, uma prática passou a assombrar os brasileiros que compram carros seminovos: a quilometragem adulterada. A fraude é utilizada para aumentar o valor dos veículos – por exemplo, reduzir a quilometragem rodada de 100 mil para 50 mil quilômetros de um carro pode elevar consideravelmente o preço de venda dele.

Como acontece a quilometragem adulterada

Para fazer a adulteração de quilometragem, os fraudadores fazem uso de equipamentos que, conectados ao painel do carro, alteram as informações mostradas para o motorista. A técnica diminui a quilometragem exibida e também pode desligar os avisos de segurança mostrados no painel do veículo. Carros com um alerta de segurança sobre sistema de freios ou falha no airbag podem ter o valor de mercado reduzido. Com esses avisos desligados, o veículo é valorizado – e o novo proprietário tem sua segurança colocada em risco. 

Atualmente, com a evolução da tecnologia e a produção de veículos cada vez mais modernos, com a presença de hodômetros digitais, já é possível checar o rompimento do lacre, se a centralina foi “reiniciada” e se a fraude do km adulterado deixou vestígio. Mas e como podemos identificar se o carro teve adulteração de km e evitar dores de cabeça com esse golpe? Listamos abaixo algumas recomendações:

Como notar o km adulterado

– Analise o manual do proprietário

Esse documento deve conter as revisões feitas, a data em que foram realizadas e a quilometragem do veículo naquele momento. Checando esses dados fica mais fácil comparar se quilometragem mostrada no hodômetro corresponde com a realidade.

– Trocas de óleo

A etiqueta colada no para-brisas logo após trocar o óleo do seu carro indica a quilometragem do veículo, por isso pode ser boa fonte de informação sobre a real quilometragem dele.

– Pneus e embreagem podem indicar a quilometragem adulterada

Um jogo de pneus originais roda cerca de 50 mil quilômetros antes da necessidade de substituição, correto? Então fique atento com veículos de baixa quilometragem que já tiveram os pneus trocados. A mesma dica vale para amortecedores e embreagem: eles não costumam ser trocados em veículos com menos de 60 mil quilômetros rodados.

Se, mesmo tomando os cuidados acima você desconfia que a quilometragem do veículo que você pensa em comprar está adulterada, vale levá-lo para um mecânico de confiança fazer uma análise. Solicitar uma vistoria pelo fabricante do veículo também pode esclarecer possíveis dúvidas se alguém tentou adulterar quilometragem.

E nunca é demais lembrar que adulterar quilometragem é crime previsto no artigo artigo 171 do Código de Penal:

“Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.

Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis”. 

A segurança desde a compra de um veículo novo é essencial, por isso te convidamos para conhecer um seguro de veículo que vale realmente a pena!

 

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