Todo mundo com certeza já viu algum dos principais tipos de reboque na rua.
Boa parte das pessoas talvez não saiba que esse tipo de recurso de transporte tem regras bem claras na lei brasileira de trânsito, que devem ser respeitadas para garantir a segurança de todos os envolvidos e a eficiência do trabalho prestado.
Existem diversos tipos de reboque e cada um atende a uma finalidade específica. Por isso, vale a pena entender quais são, a legislação sobre o assunto, quais carros podem puxar reboques, quais não podem, as regras para uso da carretinha e mais.
O que é considerado reboque?
Se o carro tem algum tipo de componente que aumenta a sua capacidade de transporte de cargas, então, trata-se de um reboque para carga.
Geralmente, o reboque pode ser uma estrutura aberta ou fechada, mais simples ou até mais complexa. Tudo depende da carga que se pretende transportar.
No dia a dia, é comum vermos vários tipos de reboque em circulação, desde carretinhas para transporte de pequenas cargas até estruturas maiores, como aquelas usadas para levar barcos e veículos pesados.
Quais são os tipos de reboque?
Os dois principais tipos são reboque e semirreboque. Vejamos a diferença entre os dois.
Reboque
O reboque é acoplado ao veículo principal, mas se sustenta sozinho com suas próprias rodas e eixos. Ele é comumente usado para transporte de pequenas e médias cargas e pode ser encontrado em versões abertas e fechadas.
O reboque aberto é ideal para materiais que não precisam de proteção contra o clima, como madeira ou equipamentos de jardinagem. A famosa carretinha para reboque se encaixa nessa categoria.
Já o reboque fechado protege a carga contra chuvas e poeira, sendo, então, perfeito para itens mais delicados.
Outros tipos incluem o reboque cegonha, usado para transporte de veículos, e o reboque para barcos, projetado para levar embarcações de maneira segura e prática.
Semirreboque
Diferente do reboque, o semirreboque necessita de um suporte do veículo principal para equilibrar-se. É uma estrutura grande, que forma a famosa traseira de caminhões e carretas.
Ele não possui eixos completos, o que o torna dependente do veículo que o puxa.
Esse tipo de reboque é muito usado no transporte de cargas pesadas e até componentes sensíveis, principalmente em setores como o agronegócio e a construção civil.
A vantagem do semirreboque é sua capacidade de carga elevada, mas ele exige veículos mais robustos e preparados para suportar o peso adicional.
Como funciona a nova lei do reboque?
Com as regulamentações mais recentes, o uso de reboques no Brasil passou a exigir mais atenção dos motoristas, principalmente em relação à documentação e itens de segurança.
Todo reboque ou semirreboque precisa estar em conformidade com as regras de emplacamento e documentação, além de possuir itens de segurança obrigatórios, como faixas reflexivas e setas para sinalização.
De acordo com a Agência Senado, em 2023 aconteceu a publicação da Lei 14.562, que criminaliza a adulteração de sinal identificador de veículo não categorizado como automotor, como é o caso dos reboques.
Apesar de ser parte da legislação de reboques, é muito comum vermos carretinhas sem esse tipo de sinalização nas ruas.
Essas exigências são fundamentais para garantir a visibilidade do reboque e a comunicação com outros motoristas, especialmente em rodovias e durante a noite.
Quais são os carros que não podem ter engate de reboque?
Nem todos os veículos estão autorizados a utilizar engates para reboque.
Segundo as normas de trânsito, veículos com menor capacidade de carga, como modelos compactos ou carros com estrutura mais leve, não devem utilizar reboques, já que o peso adicional pode comprometer a segurança e o desempenho do veículo.
Inclusive, as próprias montadoras proíbem o uso, a depender do caso. Modelos como hatchbacks e alguns sedãs, por exemplo, geralmente não são opções para reboques pesados.
Trouxemos alguns exemplos:
- Toyota Corolla até 2019;
- Volkswagen Up;
- Chevrolet Onix;
- Onix Plus;
- Renault Kwid;
- Chevrolet Tracker e outros.
Essa limitação é importante para prevenir desgastes no motor, suspensão e freios, além de evitar o risco de acidentes.
É importante mencionar, ainda, a questão dos carros elétricos. Até então, é consenso que eles também não devem ser usados para reboque.
Por isso, antes de correr riscos, verifique no manual do fabricante ou com um especialista se o seu veículo é adequado para o uso de engates.
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Quais são os carros que podem puxar reboque?
Os veículos mais adequados para puxar reboques são geralmente aqueles com motores de maior potência e estruturas reforçadas, como SUVs, picapes e utilitários esportivos.
Para citar alguns exemplos, temos:
- Renault Sandero;
- Hyundai HB20;
- Volkswagen T-Cross;
- Jeep Compass.
Esses veículos são projetados para suportar cargas adicionais e possuem especificações que garantem mais segurança no transporte de reboques.
Ao escolher um carro para puxar um reboque, é importante verificar a capacidade de carga e o peso máximo recomendado pelo fabricante.
Antes de concluir o tópico, vale mencionar o caso dos engates de reboque usados para fins estéticos ou de proteção (mesmo sem uso frequente de reboques). Nesse caso, é recomendado não usar.
Afinal, em uma batida, esse componente pode empenar ou trincar o monobloco ou chassi (as peças da estrutura do carro). O engate até impede o dano direto ao parachoque, mas transfere o impacto para outras partes.
Ou seja, não serve como proteção e pode causar ainda mais problemas.
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Quais são as regras para usar a carretinha?
É importante destacar que o uso de carretinhas para reboque tem suas próprias regras e exigências.
Além do emplacamento e da documentação, a legislação de trânsito estipula limites de peso e tamanho para as carretinhas, a fim de assegurar que o conjunto (veículo + reboque) se mantenha estável e seguro durante o trajeto.
A carretinha deve ter no máximo 2,6 metros de largura, 4,4 metros de altura, com balanço traseiro de 3,5 metros.
O comprimento somado do veículo e o reboque deve ser de 19,8 metros.
Se tiver categoria B, o motorista só pode carregar até 3500 kg. Para pesos superiores, o condutor precisará ter categoria C, que se refere à condução de veículos mais pesados.
Outro ponto importante é a presença de itens de segurança, como protetores de rodas, luzes de freio, lanternas laterais e faixas refletivas, que aumentam a visibilidade da carretinha, especialmente à noite.
Conclusão
Escolher o tipo certo de reboque é fundamental para assegurar que o transporte será seguro e eficiente.
Seja no caso de cargas leves ou transportes de grande porte, entender as regulamentações e as características de cada tipo de reboque evita problemas e garante um trajeto tranquilo.
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Perguntas frequentes
Para encerrar, veja as respostas para algumas dúvidas comuns sobre o uso de reboques:
Qual a diferença entre reboque e semirreboque?
O reboque possui eixos completos e se sustenta sozinho, enquanto o semirreboque precisa do suporte do veículo principal para equilíbrio.
Como saber se meu carro pode puxar reboque?
Consulte o manual do fabricante ou um especialista para verificar a capacidade de carga do veículo e as especificações de peso recomendadas.
É necessário emplacamento para reboques?
Sim, a legislação exige que todos os reboques estejam devidamente emplacados e com a documentação em dia para circular nas vias públicas.