A vistoria de transferência de veículo é um passo obrigatório antes de comprar um carro usado e mudar, oficialmente, o dono. Essa vistoria tem como intuito atestar que o carro é autêntico, está em condições de uso e está de acordo com a legislação.
Por isso, recomendamos que você entenda o que é feito nesse processo de análise e o que pode contar para a reprovação. Da mesma forma, vale se aprofundar mais sobre o processo de transferência como um todo, os documentos necessários e as principais etapas envolvidas.
O que é feito na vistoria de transferência?
Na vistoria de transferência de veículo, o departamento de trânsito (Detran) analisa o veículo antes da mudança de propriedade. Esse processo avaliativo é obrigatório. São analisados vários fatores, como:
- Autenticidade do carro: a numeração de registro do chassi é um importante marcador de um carro, pois atesta onde ele foi produzido, sua marca e dá outras informações. Logo, a vistoria verifica se o chassi está em conformidade ou se foi adulterado;
- Vidros e pneus: em alguns casos, a análise passa pela checagem de estado dos vidros e visibilidade deles, bem como estado dos pneus;
- Presença de itens obrigatórios de segurança veicular: há também avaliação para conferir se os itens obrigatórios constam no veículo, tais como cintos de segurança, chave de roda, macaco, faróis e lanternas;
- Suspensão: outro fator verificado é a suspensão, para checar se está de acordo com o padrão recomendado ou se apresenta alguma irregularidade.
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O que reprova na vistoria de transferência de veículo?
A reprovação na vistoria é um cenário pelo qual ninguém deseja passar na hora de vender, mas que pode ser uma realidade, a depender do estado do carro. Vejamos, então, o que pode ser determinante para um resultado negativo:
- Chassi adulterado ou com visibilidade comprometida: se o chassi foi adulterado ou está pouco visível, o carro não pode ser validado como autêntico e, então, é reprovado;
- Suspensão irregular: um carro rebaixado sem a devida aprovação do Detran, por exemplo, não passa por uma vistoria de venda. Afinal, isso configura uma alteração ilegal das características do veículo;
- Pneus fora do padrão: da mesma forma, pneus que estiverem muito fora do padrão recomendado, como acontece quando estão fora da largura ideal;
- Falta de itens de segurança obrigatórios: se o carro não tem macaco, triângulo, chave de roda ou os recursos de iluminação estão ruins, há o risco iminente de reprovação;
- Insulfilm fora do padrão: outra questão é o insulfilm dos vidros, que deve estar dentro dos padrões do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e com a devida visibilidade. O ideal, vale lembrar, é ter transparência mínima de 70% em parabrisas e vidros laterais e de 28% em vidros traseiros.
O que fazer primeiro, vistoria ou transferência?
A resposta é simples: a vistoria deve ser realizada antes. Esse passo inicial é obrigatório e fundamental, pois somente com a vistoria aprovada o carro estará liberado para o processo de transferência de titularidade.
Para realizar a vistoria, é necessário agendar um horário em centros de inspeção autorizados vinculados ao Detran de cada estado.
Com o devido agendamento, fica mais fácil organizar o processo e evitar imprevistos, para que o veículo seja examinado com calma.
Uma vez que a vistoria esteja concluída e aprovada, o proprietário poderá reunir a documentação de transferência e seguir com o processo.
A vistoria e a transferência são apenas parte do processo de compra de um carro usado. Outra parte é o pagamento, que pode ser à vista, com carta de crédito ou com financiamento.
No caso do financiamento, é preciso esperar aprovação e submeter o carro a outros processos — inclusive uma pequena vistoria para o próprio banco.
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O que é necessário para fazer a vistoria do veículo?
Para garantir que a vistoria aconteça de maneira rápida, é importante ter em mãos toda a documentação de transferência de veículo. Esse conjunto de documentos inclui a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e um comprovante de residência atualizado e o Certificado de Registro de Veículo (CRV), que comprova a posse do veículo, junto com um documento de identificação e o comprovante de pagamento das taxas exigidas pelo Detran.
Uma das taxas é justamente o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que deve ser pago antes do processo de avaliação.
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Conclusão
Realizar a vistoria de transferência corretamente é um passo essencial para garantir que o veículo está em plena conformidade com a lei e apto para a nova etapa de propriedade.
Esse processo, embora burocrático, é de muita importância para proteger tanto quem compra quanto quem vende, evitando uma série de problemas futuros.
Afinal, um veículo que passou por todas as inspeções é um veículo que oferece mais segurança, algo que não tem preço.
Se você já concluiu a vistoria e está com tudo pronto para a transferência, o próximo passo é garantir a tranquilidade com o seguro certo, especialmente se ele é usado.
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Perguntas frequentes
Veja as principais perguntas e respostas sobre o assunto.
O que acontece se o carro não passar na vistoria de transferência?
Caso o veículo seja reprovado na vistoria de transferência, o proprietário precisará resolver os problemas identificados e realizar uma nova vistoria em 30 dias.
Quais documentos são obrigatórios para a vistoria?
Os documentos básicos exigidos para a vistoria incluem a CNH do proprietário, um comprovante de residência atualizado, o CRV do veículo e o comprovante de pagamento das taxas de vistoria.
Como posso agendar uma vistoria de transferência?
O agendamento da vistoria pode ser feito diretamente no local de inspeção ou em sites. É preciso checar o caso em cada Detran.